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ideias [rascunhos]

1.
Design da Interactividade - pesquisa, investigação e esboços de uma tese.

2.
Navegabilidade.
Usabilidade.
Interactividade.
Design de Interfaces. Virtualização.
Interacção humano-computador.
Bidireccionalidade.
Hipermedia.
Multimédia Interactivo.

3.
Escrita não-linear vs. narrativa clássica.

4.
Cibercultura.
Ciberjornalismo.
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Gestão de conteúdos.
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    ||| ideias digitais |||

    weblog [parágrafos digitais]

    1.5.04
     
    5. O futuro da comunicação e dos comunicadores

    Que futuro para o jornalismo tradicional?

    • A especialização dos conteúdos e dos jornalistas
    • A convergência com os novos media – self media (complementariedade e interacção das redacções)
    • Maior proximidade com o público/audiência
    • Aposta nas sinergias dos grandes grupos e das sinergias de “conveniência” entre os pequenos


    Desafios do jornalismo online

    • O jornalista multimédia: multifacetado, com formação específica
    • Convergência dos media tradicionais num só, para além da teoria
    • Aposta na actualização contínua, na interactividade de facto e, essencialmente, na personalização dos conteúdos


     
    4. O conceito de sinergias e os oligopólios comunicacionais


    As Indústrias Culturais juntam dois conceitos antes impensáveis: NEGÓCIO e CULTURA. Segundo Garnham, são "organizações sociais que utilizam modos de produção e de gestão características de organizações industriais, para produzir e disseminar símbolos em forma de produtos e serviços culturais".


    Domínio cultural – relações assimétricas
    Ideologias dominantes
    Imperialismo cultural – IMPERIALISMO MEDIÁTICO – relações de poder


    SINERGIA
    O conceito de sinergia está directamente relacionado com os grandes grupos de comunicação. Não se trata de uma convergência, mas sim de trabalhar conjuntamente em prol de um mesmo interesse. É habitual que os órgãos de comunicação que pertencem ao mesmo grupo façam sinergias, tanto de meios como de conteúdos e até mesmo de recursos humanos.

    Vivemos em sociedades nas quais a informação e o conhecimento assumem uma importância cultural. As redes e as inter-conexões são cada vez mais densas e complexas. É a sociedade da informação e da globalização.

    - Grandes Grupos Multimédia

    • Nacionais: PT LUSOMUNDO; MEDIA CAPITAL; IMPRESA, COFINA; (SONAE – menor expressão)
    • Internacionais: AOL TIME WARNER; THE WALT DISNEY COMPANY; BERTELSMANN AG; VIACOM; VIVENDI UNIVERSAL; NEWS CORPORATION (Rupert Murdoch)


    Manifestações do processo de globalização:

    - internacionalização da propriedade e do capital (o capital não tem fronteiras);
    - internacionalização da produção – a geografia e a produção são pensadas, hoje, de forma muito diferente;
    - internacionalização dos serviços;
    - internacionalização dos consumo;
    - turismo internacional;
    - migrações;
    - consumo transnacional de bens culturais – de massa ou não;
    - "esbatimento" das barreiras culturais.


    Há meios tecnológicos, hoje, que permitem a globalização do mundo e que fazem com que este se torne global. Contudo, a informação não chega a todos, apesar do ritmo alucinante a que ela “corre”. A questão coloca-se ao nível da recepção e do acesso. Teoricamente, a informação chega a todos, mas na prática isso não acontece.

    TÓPICOS

    - Existem fluxos e respectivas estruturas que têm uma audiência restrita ao plano nacional/local e outros que têm audiências mais dispersas e geograficamente distantes.

    - A disponibilização de conteúdos locais e/ou nacionais na Internet, acessíveis por qualquer pessoa com recursos tecnológicos em qualquer parte do mundo, introduz novas possibilidades do ponto de vista da sua caracterização, mas não os transforma, como num passe de mágica, em produtos globais.

    - O eixo da diluição não aniquila as distinções entre local, nacional e internacional no que diz respeito aos produtos informativos, e o mesmo sucede em relação aos instrumentos económicos, políticos e reguladores que viabilizam a produção e distribuição desses produtos. O que se decide no plano internacional tem inter-conexões com os outros planos mas não deixa, por isso, de se situar num nível distinto dos níveis locais, nacional e regional.

    CONCENTRAÇÃO
    "Fusão ou aquisição de empresas de comunicação social, reduzindo o seu número e o dos respectivos proprietários, processo que pode ameaçar a liberdade de expressão e o pluralismo de informação."

    Fernando Cascais

    GLOBALIZAÇÃO
    "Processo de transformações económicas e suas consequências políticas à escala mundial desencadeado na década de 90 a partir da convergência tecnológica baseada na digitalização, na desregulação e privatização de importantes sectores económicos e no primado do mercado como núcleo do funcionamento económico."

    Fernando Cascais

    GLOCALIZAÇÃO
    "Termo construído pela fusão de dois conceitos aparentemente contraditórios – global e local – característico das análises relativas ao fenómeno económico, social, político e cultural da globalização, uma marca da década de 90. Em síntese, o novo termo ressalta a importância do local num contexto global, fazendo-o emergir como afirmação de identidade cultural, de regionalidade, por oposição a massificação, a universalidade."

    Fernando Cascais


     
    3. O conceito de convergência

    A CONVERGÊNCIA DOS MEDIA

    A problemática relacionada com a convergência dos media é recente, polémica e exige um conhecimento aprofundado da revolução comunicacional em curso. Se é verdade que a televisão, a rádio e os jornais, tais quais os conhecemos não irão desaparecer (pelo menos a médio prazo), é igualmente verdade que as novas realidades tecnológicas e comunicacionais já se desenham com nitidez crescente no horizonte deste século XXI.

    O novo paradigma da comunicação está a desenvolver-se como um sistema de comunicação em que textos, imagens e sons coexistem, coabitam e interagem num espaço comum. Este é o modo de demonstrar as capacidades de um sistema que aglutina que os media precedentes de forma a criar o valor acrescentado fundamental ao novo paradigma interactivo.

    O computador é um dispositivo de comunicação que integra o seu funcionamento uma boa parte das características dos media que o precederam (imprensa, cinema, rádio e televisão) e o recém-chegado multimédia.

    A flexibilidade inerente à codificação digital é catalisada pelo incentivo de interactividade. A relativa complexidade da construção de produtos multimédia deriva de dois factores: por um lado, detecta-se uma tendência manifesta para utilizar fórmulas, estilos e retóricas que são propriedade dos media anteriores; por outro, a massa crítica de produções realizadas é ainda claramente insuficiente para se poderem caracterizar as linhas de estilo e a respectiva estilística, retórica e pragmática a elas associadas.

    A palavra "convergência" está directamente relacionada com a abordagem correlativa de diversos processos comunicativos.


    "CONVERGÊNCIA significa a conjunção de 3 áreas: telecomunicações, media e informática, possibilitada pela tecnologia digital. A mudança de um paradigma analógico para um digital é simbolizado por uma linguagem multimédia de fusão texto-som-imagem tratada digitalmente e canalizada pela Internet. A redefinição de fronteiras entre domínios tradicionais da comunicação mediática (jornalismo e publicidade) e não mediática (educação) é um dos efeitos de novas estratégias empresariais e novas tecnologias e rotinas profissionais".

    Fernando Cascais


     
    2. O conceito de interactividade

    INTERACTIVIDADE

    "Possibilidade tecnológica de inverter o tradicional e dominante sentido da comunicação, passando o receptor a comunicar com o emissor. A televisão digital permite ao telespectador seleccionar/comprar o programa que quer e quando o deseja, mas a Internet é o domínio em que a interactividade é parte da sua natureza".

    Fernando Cascais


    A interactividade é um conceito que se desenvolve a partir do interface. Interacção a dois níveis: com a máquina e com outros utilizadores (COMUNICAÇÃO MEDIADA POR COMPUTADOR) – ligação dinâmica.



    "Embora o multimédia remeta para os Self Media, não é directamente portador de interactividade.

    MULTIMÉDIA

    • produtos online : Hipertexto, Infomedia, Hipermedia, Metamedia (realidade virtual)

    • produtos offline : CD-ROM, DVD…


    Os novos dispositivos – características:

    • complexos – é necessário descodificar a sua linguagem;
    • de carácter integracionista – seguem um processo que visa integrar, confederar e uniformizar;
    • alvo de crescimento exponencial tão rápido que cria rupturas – questões de emprego, sociais, culturais: iliteracia digital.


    TÓPICOS

    - O cinema suscitou curiosidade, encantamento. As massas dirigiam-se periodicamente às salas de cinema para assistir a pequenos filmes e informações – especialmente durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), altura em que o cinema complementava a rádio e a imprensa com as suas imagens em movimento, e desempenhava também um papel propagandístico de ataques verbais ao inimigo e de apoio moral aos civis.
    O grande passo que o cinema e os poderosos estúdios de Hollywood estão a efectuar é a fusão ou a interacção do cinema com o multimédia.

    - A televisão é o mass media por excelência, aliando som e imagem, maravilhando, arrastando e manipulando multidões durante o século XX. A difusão de alguns programas começa nos anos 30, na Alemanha e no Reino Unido. Nos anos 50, a televisão sofreu um verdadeiro impulso, remetendo para a sociedade de massas.

    - A televisão trouxe a possibilidade do seu público presenciar, graças aos satélites, acontecimentos que ocorrem em qualquer parte do mundo, seja em directo ou em diferido. O público sente que está a ver as coisas tal e qual elas são, esquecendo-se que só está a ver aquilo que a estação televisiva quer que se veja.

    - Na televisão, a univocidade é característica e óbvia. A audiência é uma mera receptora, sem voz activa. Ela tem de ser espectadora, passiva. Ver televisão releva de uma questão de disponibilidade e de entretenimento e não de uma questão de selecção. Toda a inteligência está no ponto de origem, isto é, no emissor; contrariamente às redes de computadores, nas quais a inteligência se encontra na periferia, ou seja, no receptor.

    - O futuro da televisão passa não por uma melhoria de definição ou de origem, mas antes pelo progresso ao nível dos conteúdos e, sobretudo, pela televisão digital. Face á convergência entre o audiovisual, as telecomunicações e a informática, a televisão do futuro será um computador com acesso ao cabo, ao telefone, ao satélite.


     
    1. O início do novo paradigma da individualização

    NOÇÕES DE BASE

    • O virtual não se opõe ao real nem ao possível, mas sim ao actual.

    • O virtual é como o complexo programático, o nó de tendências ou de forças que acompanha uma situação, um acontecimento, um objecto ou qualquer outra entidade e que implica um processo de resolução: a actualização.

    • O possível vai realizar-se sem que nada mude na sua determinação ou na sua natureza. Está completamente constituído e só se distingue do real porque lhe falta a existência. O real é a concretização do possível.

    • A actualização é a solução de um problema, que anteriormente não estava enunciada. É criação, invenção de uma forma a partir de uma configuração dinâmica de forças e de finalidades.

    • 2 dialécticas: possível/real e virtual/actual.

    • A narrativa clássica é posta em causa pela virtualização: unidade de tempo sem unidade de espaço: «graças às interacções em tempo real através de redes electrónicas, em transmissões em directo, sistema de telepresença». Continuidade de acção apesar de uma duração descontínua: «como na comunicação por atendedores de mensagens ou por mensagens electrónicas».

    • O hipertexto permite um percurso não-linear pelos documentos. A escrita não-linear é a grande inovação da Web e a sua característica principal, que se assume como o motor da interactividade na World Wide Web.

    • A escrita no ambiente digital pode e deve ser revista após a sua publicação. É esta permanente actualização e revisão que faz com que o hipertexto estabeleça uma nova relação com o tempo, para além da sua não-linearidade.

    • O espaço encontra também no hipertexto um novo conceito: sem espaço físico, há uma transposição para as esferas local e global.


    - Paradigma antes da massificação

    - Paradigma da massificação

    - Paradigma da individualização – a “Era de Emerec” de Jean Cloutier e a “Aldeia Global” de Marshall McLuhan





    Recuperando a História da Comunicação em 4 episódios de Jean Cloutier:

    - comunicação interpessoal: expressão corporal e verbal como único modo de exteriorização do Homem.

    - comunicação de elite: a transformação dos pensamentos e objectos é feita através do desenho, da música e da escrita.

    - comunicação de massas: o aparecimento dos mass media trouxe a ampliação e multiplicação das mensagens.

    - comunicação individual: a tecnologia permite que os homens se tornem media individuais – “self media”, tornando as suas mensagens acessíveis a um vasto público.

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    "as dramaturgias alternativas da pós-modernidade", Francisco Rui Cádima


    Nos anos 90, começa a III Revolução Industrial – surgem as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Com a implementação da Internet e o surgimento da World Wide Web e da televisão interactiva emerge uma nova esfera pública à escala global.
    Vivemos o início do paradigma da individualização, com o progressivo processo de informatização geral da sociedade. Este paradigma traduz-se na possibilidade do receptor ser também emissor, assumindo-se assim como um modelo de personalização.

    O INÍCIO DO NOVO PARADIGMA DA COMUNICAÇÃO


    Dos Mass Media para os Self Media

    Mass Media Tradicionais – imprensa, cinema, rádio, televisão

    Novos Media / Self Media – novas tecnologias – Internet, Televisão Interactiva

    MASS MEDIA – meios cuja finalidade não reside na comunicação interpessoal, mas na transmissão de uma mensagem de um centro emissor para uma pluralidade de indivíduos receptores. (difusão para um público)

    SELF MEDIA – "os Self Media surgiram após o apogeu dos Mass Media, isto foi possível devido ao desenvolvimento de equipamentos baseados em novas tecnologias de suporte de informação a custos acessíveis para um grande público. Os Self Media são instrumentos que permitem a criação e o acesso à informação por selecção, reprodução e registo individual. Este médium é caracterizado por estar disponível através de uma vontade de procura orientada por classes ou grupos de interesse, e ainda por o produtor e o receptor da informação poderem ser o mesmo agente. Isto é, cada um dos utilizadores da informação é, em simultâneo, o seu produtor. Os Self Media possuem suporte na audiografia, fotografia, repografia, audiovideografia e multigrafia." ("A Era de Emerec", Jean Cloutier: 1975)

    PARADIGMA DA INDIVIDUALIZAÇÃO

    O século XX assistiu a mudanças tecnológicas notáveis e decisivas. Talvez a mais importante seja a passagem gradual, actualmente a decorrer, do estado analógico para o digital – a transição dos mass media para os self media, o que implica um percurso do extenso e quantitativo para o intenso e quantitativo.

    A transmutação do analógico para o digital manifesta-se também no movimento de sucessividade, que marca a deslocação da Galáxia de Gutenberg para a Galáxia Marconi.

    A "Galáxia de Gutenberg" é uma obra de Marshall McLuhan que analisa a emergência da escrita e da tipografia. Num primeiro momento, com a escrita, há uma transição da cultura tribal, fechada e estável, para o aparecimento do homem alfabetizado, individualizado, vivendo na instabilidade das sociedades modernas. Num segundo momento, com o advento da tipografia, intensificar-se o culto do indivíduo, a ideia da nação.

    Nunca deixaremos de nos integrar na Galáxia de Gutenberg, uma vez que continuaremos a utilizar a escrita unilinear, sequencial. Mas passamos a ter alternativas para usarmos outro tipo de escrita – o hipertexto. E este pertence à nova Galáxia Marconi: esta fundamenta-se no emprego dos media electrónicos.

    MASS MEDIA

    • Fluxo de comunicação unívoco – receptor sem capacidade de resposta
    • Unilateral
    • O emissor é omnipotente
    • A interactividade é inexistente
    • Unilinear: linearidade e sequencialidade


    "On the use of Mass Media for Important Things" – estudo sobre as funções psicológicas e sociais dos Mass Media, elaborado por Kaz, Gureitch e Haas, em 1973, que separa 5 classes de necessidades que os Mass Media satisfazem:


    Necessidades:
    Cognitivas
    Afectivas e estéticas
    De integração a nível de personalidade
    De integração a nível social
    De evasão



    Nota: um quarto de século depois, é possível afiançar que estas mesmas necessidades podem ser satisfeitas ao nível dos SELF MEDIA.


    SELF MEDIA

    • Fluxo de comunicação biunívoco – receptor com papel activo
    • Surge a interacção: a participação toma o lugar da representação
    • Escrita e consequente leitura multilinear – não-linear e não-sequencial
    • O emissor perde a sua omnipotência em favor do receptor
    • Bilateral


    MASS MEDIA – ERA DA INFORMAÇÃO

    SELF MEDIA – ERA DA PÓS-INFORMAÇÃO (o público numeroso perde a sua importância – a personalização da informação)


    Elementos que compõem os Self Media:
    - computador
    - televisão
    - box da iTv